Os Artilheiros:
Artilheiro é a posição mais antiga no quadribol, pois outrora o jogo inteiro consistia em marcar gols. Ekes atiram a goles um para o outro e marcam dez pontos todas as vezes que conseguem passá-la por dentro dos aros do gol.
A única mudança significativa nesta função ocorreu em 1884, um ano antes da substituição das cestas por aros de gol. Foi introduzida uma nova regra pela qual somente o artilheiro que estivesse carregando a goles podia penetrar na pequena área. Se mais de um artilheiro entrasse, o gol seria impedido. Tal regra destinava-se a banir a "escada", uma jogada em que dois artilheiros entram na pequena área e empurram o goleiro para o lado, deixando o aro do gol desimpedido para um terceiro artilheiro marcar o gol. A reação a essa nova regra foi noticiada no Profeta Diário da época:
Nossos artilheiros não estão roubando!Foi a exclamação chocada dos fãs do quadribol em toda a Grã-Bretanha, à noite passada, ao ser anunciada pelo Departamento de Jogos e Esportes Mágicos a criação da chamda "falta por uso de escada".
"Os casos de jogadores servirem de escada para outros têm aumentado", declarou ontem à noite um atormentado representante do Departamento. "Cremos que a nova regra eliminará as graves contusões dos goleiros que temos visto com tanta frequência. Doravante, um artilheiro tentará bater o goleiro, em lugar de três artilheiros espancarem o goleiro. A jogada ficará mais clara e justa".
Nessa altura da entrevista o representante do Departamento foi forçado a se retirar, porque os populares furiosos começaram a bombardeá-lo com goles. Bruxos do Departamento de Execução das Leis da Magia chegaram para dispersar a multidão que ameaçava espancar o próprio Ministro da Magia.
Um garotinho de seis anos e cara sardenta abandonou o saguão em prantos.
"Eu adorava o rolo compressor", soluçou para o Profeta Diário. "Eu e meu pai gostamos de ver os goleiros achatados no chão. Não quero mais assistir ao quadribol".
Profeta Diário, 22 de junho de 1884
A vassoura voadora:Nenhum feitiço inventado até hoje permite aos bruxos voarem apenas com os recursos de sua forma humana. Os poucos animagos que se transformam em animais alados podem voar, mas são raros. A levitação é uma prática comum, mas os nossos antepassados não se contentaram em planar a um metro e meio do chão. Quiseram voar como pássaros, mas sem a incoveniência de ter o corpo coberto de penas.
Hoje, estamos tão habituados à ideia de que todas as casas de bruxos na Grã-Bretanha dispõem de no mínimo uma vassoura que raramente paramos para nos perguntar qual é a razão disso. Por que a humilde vassoura iria se tornar o único objeto legalmente aceito como meio de transporte bruxo? Por que nós, do Ocidente, não adotamos o tapete voador tão apreciado pelos nossos irmãos orientais? Por que não preferimos produzir barris voadores, poltronas voadoras, banheiras voadoras - por que vassouras?
bastante perspicazes para compreender que seus vizinhos trouxas procurariam explorar seus poderes, se conhecessem o seu alcance, os bruxos e bruxas ficavam quietos em seus cantos muito antes de o Estatuto Internacional de Sigilo em Magia entrar em vigor. Se pretendessem guardar um veículo de transporte em casa, teria de ser algo discreto, fácil de esconder. A vassoura era ideal para isso; não exigiria nem desculpa nem explicação se fosse encontrada pelos trouxas. No entanto, as primeiras vassouras enfeitiçadas para voar tiveram seus senões.
Há registro de que os bruxos e bruxas europeus já estavam usando vassouras em 962 d.C. Uma iluminura alemã desse período mostra três bruxos demontando suas vassouras com expressões de estranho mal-estar no rosto. Guthrie Lochrin, um bruxo escocês, escreveu em 1107 que teve as "nádegas cravada de farpas e as hemorróidas inflamadas" depois de um breve vôo de vassoura de Montrose a Arbroath.
Uma vassoura medieval exibida no Museu do Quadribol, em Londres, nos dá uma ideia das razões para o mal-estar de Lochrin. Um cabo de freixo nodoso e sem verniz, com gravetos de amendoeira amarrados toscamente a uma ponta, não é nem confortável nem aerodinâmico. Os feitiços lançados sobre as vassouras eram igualmente básicos: ela podia se deslocar apenas para a frente e a uma dada velocidade; subia, descia e parava.
Naquele tempo, as famílias bruxas confeccionavam as próprias vassouras, por isso havia uma enorme variação na velocidade, no conforto e no manuseio desse meio de transporte de que dispunham. por volta do século XII, no entanto, os bruxos já haviam aprendido a trocar serviços entre si, a fazer escambo, de modo que um mestre artesão de vassouras podia trocá-las pelas poções que seu vizinho soubesse preparar melhor que ele. Quando as vassouras se tornaram mais confortáveis, os bruxos passaram a voá-las por diversão e não apenas para se transportarem do ponto A ao ponto B.
Não perca, na próxima aula (quinta-feira): Marcas de vassouras.
"Os casos de jogadores servirem de escada para outros têm aumentado", declarou ontem à noite um atormentado representante do Departamento. "Cremos que a nova regra eliminará as graves contusões dos goleiros que temos visto com tanta frequência. Doravante, um artilheiro tentará bater o goleiro, em lugar de três artilheiros espancarem o goleiro. A jogada ficará mais clara e justa".
Nessa altura da entrevista o representante do Departamento foi forçado a se retirar, porque os populares furiosos começaram a bombardeá-lo com goles. Bruxos do Departamento de Execução das Leis da Magia chegaram para dispersar a multidão que ameaçava espancar o próprio Ministro da Magia.
Um garotinho de seis anos e cara sardenta abandonou o saguão em prantos.
"Eu adorava o rolo compressor", soluçou para o Profeta Diário. "Eu e meu pai gostamos de ver os goleiros achatados no chão. Não quero mais assistir ao quadribol".
Profeta Diário, 22 de junho de 1884
A vassoura voadora:Nenhum feitiço inventado até hoje permite aos bruxos voarem apenas com os recursos de sua forma humana. Os poucos animagos que se transformam em animais alados podem voar, mas são raros. A levitação é uma prática comum, mas os nossos antepassados não se contentaram em planar a um metro e meio do chão. Quiseram voar como pássaros, mas sem a incoveniência de ter o corpo coberto de penas.
Hoje, estamos tão habituados à ideia de que todas as casas de bruxos na Grã-Bretanha dispõem de no mínimo uma vassoura que raramente paramos para nos perguntar qual é a razão disso. Por que a humilde vassoura iria se tornar o único objeto legalmente aceito como meio de transporte bruxo? Por que nós, do Ocidente, não adotamos o tapete voador tão apreciado pelos nossos irmãos orientais? Por que não preferimos produzir barris voadores, poltronas voadoras, banheiras voadoras - por que vassouras?
bastante perspicazes para compreender que seus vizinhos trouxas procurariam explorar seus poderes, se conhecessem o seu alcance, os bruxos e bruxas ficavam quietos em seus cantos muito antes de o Estatuto Internacional de Sigilo em Magia entrar em vigor. Se pretendessem guardar um veículo de transporte em casa, teria de ser algo discreto, fácil de esconder. A vassoura era ideal para isso; não exigiria nem desculpa nem explicação se fosse encontrada pelos trouxas. No entanto, as primeiras vassouras enfeitiçadas para voar tiveram seus senões.
Há registro de que os bruxos e bruxas europeus já estavam usando vassouras em 962 d.C. Uma iluminura alemã desse período mostra três bruxos demontando suas vassouras com expressões de estranho mal-estar no rosto. Guthrie Lochrin, um bruxo escocês, escreveu em 1107 que teve as "nádegas cravada de farpas e as hemorróidas inflamadas" depois de um breve vôo de vassoura de Montrose a Arbroath.
Uma vassoura medieval exibida no Museu do Quadribol, em Londres, nos dá uma ideia das razões para o mal-estar de Lochrin. Um cabo de freixo nodoso e sem verniz, com gravetos de amendoeira amarrados toscamente a uma ponta, não é nem confortável nem aerodinâmico. Os feitiços lançados sobre as vassouras eram igualmente básicos: ela podia se deslocar apenas para a frente e a uma dada velocidade; subia, descia e parava.
Naquele tempo, as famílias bruxas confeccionavam as próprias vassouras, por isso havia uma enorme variação na velocidade, no conforto e no manuseio desse meio de transporte de que dispunham. por volta do século XII, no entanto, os bruxos já haviam aprendido a trocar serviços entre si, a fazer escambo, de modo que um mestre artesão de vassouras podia trocá-las pelas poções que seu vizinho soubesse preparar melhor que ele. Quando as vassouras se tornaram mais confortáveis, os bruxos passaram a voá-las por diversão e não apenas para se transportarem do ponto A ao ponto B.
Não perca, na próxima aula (quinta-feira): Marcas de vassouras.
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